sábado, 22 de setembro de 2007

Cansei


A imagem foi montada com fotos disponiveis na internet

Cansei
(Kelson Kizz)
Eu a exemplo de muitos estou cansado...
Cansado de ser o que vida quer
Cansado de não ser o queria ser
Cansado de fazer o que os outros querem
Cansado de sempre estar longe do que queria fazer
Eu cansei...
Cansei de a vida mandar esperar
Cansei de esperar o que já era pra ter chegado
Cansei de procurar respostas e encontrar desculpas
Cansei de entender o certo quando tudo dá errado
Estou cansado...
Cansado de mim
Cansado de você
Cansado de tudo que é ruim
E do bom trazer tanto sofrer
Ah! Eu cansei...


sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Alto Preço

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Alto Preço
(Kelson Kizz)

Imagine você que estava eu em minha casa quando surge
a porta uma bela moça, jovem, bem vestida e bastante
educada com algumas promissórias nas mãos, perguntando
por um alguém que nunca havia ouvido falar antes.

Quando subitamente ela passou a dirigir-se a mim, como
sendo o responsável por aqueles débitos e de minha
parte eu tinha certeza que nada tinha ver com aquilo.

Mais ela insistia em dizer que eu deveria pagar.

No decorrer do acontecido seus gestos se tornavam mais
bruscos, sua voz mais áspera, cada vez mais agressiva
e cheia de se, fazendo-me acreditar em certos momentos
que realmente eu era o responsável por todos os débitos,
não sei se era pela forma com que ela agia ou
ainda pelo motivo de se devedor em outras freguesias.

O certo é que mesmo sendo um alto preço eu iria ter que pagar...

Moral da História:

Muitas vezes é assim que agimos com amigos, familiares ou
até mesmo o grande amor de nossas vidas. Alguém passa
e deixam enormes feridas, mágoas, traumas, dívidas gigantescas...
e nós tendemos a cobrar esses débitos de pessoas que estão
sempre ali do nosso lado, tentando nós fazer felizes.


quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Vida

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Vida
(Kelson Kizz)

Nosso viver é uma caixinha de surpresas,
E por esse motivo fico horas a me perguntar
Sou eu que levo o meu destino
ou é ele que vive a me levar?
Nunca sei o que me espera
Nas voltas que o mundo dá
Vezes perco o tino, extravio o freio
Permito-me embriagar
Em uma realidade nua e crua
Que sempre vestida está
De conceitos, juízos, opiniões
Que estar tudo de cabeça para baixo
Mais no seu devido lugar


quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Morte ou execução

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Morte ou execução
(Kelson Kizz)

Não consigo recordar quase nada
Não lembro a hora e nem a data
Não sei em que mês estava
E nem tão pouco a estação
Não sei se era dia ou se a escuridão
havia tomado conta de tudo
E juro, não sei se esqueci
por conveniência ou por defesa
A única coisa que vem a memória
É que foi o dia de minha morte
Ou teria sido de minha execução
O que sei é que não tenho vida
E a minha existência pouco importa
Mais ainda me resta a lembrança
Que o ser humano é vil por natureza
E consegue ser bom por algum tempo
Até que sua natureza aflora
e seu lado pernicioso vem à tona
Ou revela-se ou ele mesmo destrói-se


terça-feira, 18 de setembro de 2007

Pérolas

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Pérolas
(Kelson Kizz)

Eu tenho duas pérolas
Que é a própria luz
Pérolas perfeitas
Tão belas quanto Jazz ou Blues

Filhos do cosmos
Filhos da mãe, da perfeição
Filhos de Deus
Filhos do pai, irmãos
Do verde do mar, do azul céu
Do fogo ou do chão
De tudo que vejo, sinto, cheiro ou toco
Da massa do mesmo pão

Filhos de Tupã
Filhos de Jaci, Leão e Dragão
Filhos do som
Filhos do que sou inspiração
A mesma da clorofila
Do sangue Tupi, carbono, carvão
De todos os versos, todos os acordes
Desta efêmera canção


segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Hora Marcada

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Hora Marcada
(Kelson Kizz)

Desconheço o alvoroço de meu coração
Quando um mal teima em despertar
Dia quero morrer outro matar
Onde um segundo pensamento é vão

Herdeiros de uma arcaica inscrição
Na qual divindades existem a vaguear
Obstante singelo as criar
Ao expressar-se o controle não

Deslustrando uma árvore a imagem
Percebo-a olhando a sombria paisagem
De uma progenitora a muito atada

Profanando os pensamentos proferidos
Outrora hospedados agora estampidos
Exaustos na utopia da hora marcada


domingo, 16 de setembro de 2007

Sinais

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Sinais
(Kelson Kizz)

Quando eu partir está noite
Por favor, chore por mim
Já não enxergo o caminho
Por onde devo seguir
Meus dedos vestidos de calos
E a minha rouca voz
São sinais do cansaço
De desatar tantos nós

Que me prendem
Nos seus passos
Que de mim fazem escravo
Levam a me entregar
Cair sangrando
Com o peito marcado
Caminhando no escuro
No abismo dando um salto